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quarta-feira, 28 de novembro de 2012




1º ATO - JUBILO AO TARTARO


BERENICE (17) coisa fina. Era assim que os moçolhos a conhecia.
Não, não era por seus trajes finos e muito menos por um detalhe físico.
Nos corredores da escola era seu nome quem dava menção aos distraídos, sem noção e cheios de anedotas, uns bobocas. Era assim que ela os referia. Seu semblante soava como um afresco contornada ao dedo.

EXTERIOR. - EM FRENTE A ESCOLA -  DIA

São Paulo, tarde de Novembro. Primavera e clima ameno. Já passava das 16h e ROMEU (19)  a quem sem mérito algum se entregou a faz esperar sozinha em más companhia. Não que ela não gostasse dos seus amigos de classe, mas dado sinal da última aula, pra ela já era demais permanecer no mesmo lugar que eles.

ROMEU
              Quem tu esperas tão aflitas
              moça bonita?

Berenice assusta-se com a aparição.

ROMEU
               Estas assustada meu limãozinho?

BERENICE
 Já disse que não gosto que me chames
               assim. Tu conheces muito bem minha
  fama, portanto não venha se comportar
               como um aprendiz.

ROMEU
               Calma lá minha cheirosa,
               vamos sair daqui.

BERENICE
                Até que enfim!

                Os outros ao ver tal apego,
                começam a sorrir, mas desconhecem
                que a jovem a seguir com o mancebo
                não se permitia corrompe-la.

ROMEU
                E então, podemos ir pra minha
                casa, sim ou não?

BERENICE
                Você é mesmo bobo. Não sabes que
     sozinha contigo só trilho em companhia
                de multidões.

ROMEU
                Ah, para com isso doce delicado
     de extremo prazer que todo confeiteiro
                da cidade ansiou ter feito.

Risos de alegria estava a face da menina.

BERENICE
                 Olha ali, uma sorveteria!

ROMEU
    Ah não meu amor, sorvete agora não!

BERENICE
 Mas porque se nem chegou a noite
fria e a tarde nos seus jardins
    inspira o cheiro doce exalado pelas
         flores e eu já decidi! Será de chocolate
                 que iremos tomar. Pronto!

ROMEU
Tudo bem o que não faço por ti?
         Olhando em seus olhos imagino como seria
                 se um dia não tivesse parado
  ao teu lado para e te perguntado:
onde fica a secretária? Lembra?
  foi neste dia que nos conhecemos.
                 Na escola meu primeiro dia.

BERENICE
     Como me esqueceria se fui despertada
         pelo tom de sua voz e confesso, senti um
                 calafrio.

ROMEU
              Bere minha deusa, posso te fazer
              uma pergunta?

BERENICE
              Pergunta? Desembucha!

ROMEU
              Você quer mesmo ir até
              a sorveteria?

BERENICE
              Claro que sim!


INTERIOR – QUARTO – FINDODIA

Os moços na estrada ao ver o teor do cálice, sobejam a rir, pois o deleite em satisfazer seus desejos os assenhoriam.

EXTERIOR – BANHEIRO (ESPELHO) - OUTRO DIA

A moça vendo a face refletida, pensa o que vai fazer depois da desgraça.
PqP! Permiti-me ser violada!


PAUSA



Sandra Freitas
São Paulo, 28 de Novembro de 2012

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