...Felizberto, era assim que o chamavam
no época do colégio.
Nunca soube ao certo o porquê assim o
denominava. Outro dia em companhia de Cíntia, viram-no reclamar. Algo nada
raro, pois na sua vida o que não faltava eram antipatias.
Filho único de pais de meia idade.
Funcionários públicos, pessoas sem ilustração na comunidade onde moravam.
O pai o Sr. Pablo era um bonachão. Da casa
para o trabalho, só o viam cantarolar quando tinha jogo do timão. Dona Marilia
a mãe, para aqueles que conseguiam a encarar, sendo ela uma jovem senhora das
que são tidas como honrosa, declarava no olhar não ter mais ilusão, nada mais
para sonhar.
Felizberto próximo a completar dezoito anos,
o incomodava a simples aproximação de Célia uma colega de classe. Gostava
dele, só queria ajudar, mas ele a repelia, chegando a bambear. Dentro de sua
calça de menino homem sentia algo vibrar. Uma sensação estranha, vontade de
tocar. Mas não sabia, como. Fugia da menina, pois temia não se segurar.
Ela de cabelos e olhos negros o fazia
imaginar como seria brincar num corpo que não fora o seu. Seios não muito
grandes apontavam para ele levando-o ao desespero.
Os pais de tudo o
ensinava, mas que desgraça (!), pensava. Por que ninguém o ensinava a se
envolver e conhecer a sutileza e o convívio com uma mulher, chegando ao estágio
onde aprendeu na aula de reprodução humana do Profº Eustáquio...,
ejacular?
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