O peso parecia
pressionar as costas. O mundo num
músculo, juro. Débil debilitação não
fosse a conduta, pois enquanto força, ela escraviza a nuca.
-Não! Já disse que não! Não olharei para trás. Fiz juras sobre a
lágrima que passado o tempo petrificou. Notei os respingos em gelo. Prometi a
mim; - Não teria o mesmo fim!
Sempre haverá uma ou tantas outras portas
A luz piscava, azul
florescente como a de um bordel cheia de efeitos, a seta apontava: “Saída”.
Devo parir
Parir,
Novos roteiros
desconexos, que na dialética num raciocínio perfeito é tido como sem jeito.
Parir,
Uma nova forma de busca de mim, ciente que a dúvida persistirá
até o fim.
Parir por prazer em parir, novos conceitos, que do velho
emaranhou-se em mofas teias
Parir...
E do que era oco, sem osso, delirar com a placenta visionária,
agora ensanguentada
Enfim, manca, muda. Devorada pelo verbo alivio (...) parir.
Pari, vejam!
Rasgada foi a carne, que
vezes arremete a fera, doida esfera. Outras, muitas vezes, entope a veia lasciva implodindo o cérebro.
Comentário postado site Recanto das Letras
ResponderExcluir26/06/2014 02:44 - JR Gilmour
Poesias do além. Adorei.