Game over
Eu e um outro
Surpreenderia- me desde o inicio
Um lance rolando
Algo acontecia
E qual motivo
mesquinho, medíocre
Por navalha viu-se
interrompido
Tirado me foi o direito
Como abobada suspensa em hastes de um naufrago (...)
“SER FELIZ”
Por um
momento ou amontoados de dias, mas feliz.
Esse era o objeto que causara a sangria do
abominável desejado
Subtendido
ficara o recado
bastou o recuso sim
Dele
de mim.
Em conto da carochinha, quem acreditaria?
Uma odisseia feliz, não é para toda vida
Fizemos a gentileza de nos roubar o precioso segundo
Apoiamos juntos o machado impedindo a
raiz louca num gozo lento,
profano, profundo em ternura exalar a vida em flor
Dos restos de cigarros no cinzeiro, guimbas e cinzas lancei sobre o cabelo da escova
gordurenta que repousava sobre a pia do mal trajado banheiro.
Dissimulei a morte
Temi o prazer do que é fácil
Sendo presa,
me imaginei prostrada ante mensagens e apelos publicitários
Abominaria também a busca desse ideal se houvesse vida além do ser
A insistência
negligenciava a aventura que é o dia a dia
Lançaram- me um sorriso, preferi o
irreal
Sendo aprisionada por uma fotografia 3x4 num álbum
de família
depositado foi numa caixinha a resposta em alfinetadas terapêuticas:
E agora, e esse
tesão? Esse amor louco, o que
fazer? Se ser temerária que sou, dou vazão a solidão?
Partilharia esse bem que me incendeia
Com o primeiro que avistasse,
mas
Se vultos não
andassem a minha espreita...
Vi em meio a fumaça que preenchia o espaço da última
xicara de café a oportunidade de ser ( )
humano transformar o que antes parecia
beleza em lacrimosas a esfera
Corri e uma
frieza preservada em filtro solar dissimulou
os sinais,
de certo não
conseguiria embalsamada em teorias de um
cardápio de fast food, onde o que importa é o mito do quadro de um gráfico
atrás da porta berrando em prazer as
vendas do dia
“O homem se vê entre os devaneios do choque cotidiano de corpos ocos
e sentimentos rasos”
Li isso num filme pornô dublado.
Achei engraçado
E eu que achara
bacana, o moderno num
vanguardismo
Entre quatro num quarto, um questionava e o outro apontava o tardar
congelado
Tentamos, e foi
melhor o óbito a carta do
divórcio
Agora agonizam sem a
proteção apaziguadora do ônus da dor
Se entregaram entre tantas viagens
Até um cão farejador reclamaram a capsula
perdida
Já era tarde
Se desculpar foi o inevitável
Na hora o silêncio interrompeu o grito não dito
Como uma tola desvairada, tive por minha
melhor defesa, o silêncio.
Em direções opostas, parados um em frente ao
outro, soluçaram sobre os votos do
lamento
O fracasso cedeu no ralo
Um doce engano...
Não fomos sinceros
O lobisomem em corpo santo e a tímida profana
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