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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Um Momento já Não era o Bastante em Suas Mãos



                                     "Entre os dias 14 a 20/01
                                     no site Recanto das Letras, 
                              esse conto angariou a 19ª posição 
                        entre os 100 contos eróticos mais lidos"






Ele me pegou de jeito, sem frescura. Respeito? Ah! Nenhum. Foi com gosto. Pensava Marisa a caminho de casa. Negar?  Como eu poderia?
Se momentos antes, tirava-me em meias palavras satisfação um de seus prováveis casos. Venci a parada, não por ser a melhor, 
ou estar preparada para o embate que  no tardar de uma noite regaça a muita bebedeira, conversas  alheias e sorrisos em torno de uma mesa de bar, aconteceria. Venci, porque ele queria estar comigo.
O elevador , como um cúmplice, não demorou. Nos passos,  não havia urgência. A famigerada  pressa, ânsia de amantes, que não veem a hora de se engolirem, não existia. Estranha era a sensação, mas foi assim que aconteceu . Com ações de um ato  tão formal, que quem via a cena, nunca imaginaria do que logo mais sucederia.  Certo  era  que aquelas duas almas perdidas, em tantas noites sozinhas, vezes  até em companhias de tantos outros que vagam pela noite fria, sabiam que, naquela noite seria diferente.
A porta do apartamento é aberta, ele da passagem para que ela entre. O ar é nostálgico, lembranças de momentos de tesão, sorrisos,   a enche de expectativa.  Não havia música, nem harmonia,  inspiração de todo artista. Incomodados e já de pés descalços ficariam se alguém  esperasse silêncio naquele recinto.

 Na cama ele me joga. Começa a me beijar.  Me beijava, beijava... O ato inexistente de preliminares. Não era amor, - mas que porra! O que seria isso? Não acreditava, pois  sem ao menos penetra-la, estava próxima ao orgasmo. O vestido foi questão de segundos para se livrar. Sorria pra mim, tinha prazer da minha companhia, notei enquanto numa sede voraz, com a língua nos meus seios, me lambuzava de saliva. E eu pedindo mais, mais...  Do tesão era questão de segundos em fazer emergir toda a porra dentro da quente e sedenta boca da mal criada menina Marisa, assim ele se referia.
Um fato.  Estava na cara. Não fazia de mim uma companhia  apenas para esvaziar o saco que cheio de porra  muitos dos escrotos querem se livrar.

Naquela noite o sexo avido, havia os deixado em frangalhos. O vai e vem constante, da cabeça aos pés, feitos dois meliantes, barbarizou os vizinhos que  próximo a parede a cama além de seu ranger, batia numa força descomunal,  satisfazendo a ânsia dos pobres mortais.
Ele pedia mais. Ela em posições casuais, satisfazia a sede do rapaz, que a queria como nunca.  Com o que nele há de mais puro, duro, roçava-a entre as pernas, até ela não mais poder se conter e berrar: te quero ver entrar aqui, entre minhas pernas! A busca compulsiva pelo gozo, dava margem agora a posições diferentes de antes. O que era um ato de extremo carinho, tornara-se uma guerrilha. A boca lambuzada, sedenta e ingênua clamava para que  não se afastasse. Ele que não era bobo a sufocava.  Momentos de delicias terminariam com o membro desfalecendo e por certo ereto explodindo dentro da vagina. Num ato de gratidão, findada a putaria. Os esporrados e saciados amantes, dão gargalhadas pela diversão.  Cansados, na cama, se jogam. Cada um para um canto mantendo é claro, as pernas entrelaçadas, afinal, o desejo era carnal. Se entregam ao sono,  para quem sabe,  logo mais, numa nova session de orgia a la Ne Me Quitte Pas, debocharem de toda safadeza que no corpo a mente produza.


 Sexo: ato necessário. Traz alegria. Ilumina a cara pálida e  sofrida. Faz do mais carrancudo, ao ver seu vizinho, lhe  desejar: bom dia! Trepemos!





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2 comentários:

  1. Comentário postado no site Recanto das Letras

    17/01/2014 16:27 - Paulo Be
    Muito bem escrito com detalhes que deixam o texto ainda mais sensual. Parabéns!

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  2. 09/02/2014 18:40 - Marx Poeta
    "Não era ammor", era mesmo uma bela trepada Gostei muito!!!

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