Minha mãe sempre dizia que flores em seu caixão não queria,
preferia em vida. É vero o verbo. Ela não esta mais aqui, mas guardei o
ensinamento e tendo a oportunidade, mesmo que muitos não entendam o zelo, vou
atrás, deixando registrado os que me são bem quisto. Não sou de fazer jogo,
portanto , se digo, é o que eu sinto. Onde quero chegar com isso? Bem, tenho
conhecido de uns tempos pra cá, pessoas intrigantes, interessantes e embora o
contato seja raro, se passo algum tempo sem vê-las, sinto falta.
Uma delas é um ator, dramaturgo.
Um cara que tem se mostrado gente boa. Conhecia pouca ou quase nada de seu
trabalho. Mas tive a oportunidade de conhecê-lo através do queridaço, que tenho
por amigo Tarcisio Buenas. Estou falando de Mário Bortolotto, um dos fundadores
do grupo teatral Cemitério de Automóveis , que já há algum tempo tem um teatro
-bar com o nome da companhia lá na Frei Caneca. Assisti algumas de suas peças,
os textos, atuação são excelentes ,e pra quem ainda não conferiu, ele esta nas
telinhas participando da minissérie A Teia, passada todas as terças na Globo.
Também tem uma banda, a Saco de Ratos, os shows são enlouquentes.
Falo pouco, gosto mesmo é de
observar. O cara é tão querido que uma desaprovação sua faz um estrago enorme
na cabeça de quem já é a tempos amigo. Simplicidade, um “Para com isso!”
empunhando uma taça ou copo de whisky, vez ou outra sai de sua boca, acho
divertido. Pra mim que tenho dado meus primeiros passos no mundo das letras,
tem sido uma fonte inspiradora, pois não sei onde ele arruma tempo pra
escrever, ensaios com a banda e atores, direção de peças, o bar e todos os que
o rodeia.
Carreira, vida vale a pena
pesquisar. O cara levou até uns tiros. Valente, não titubeou e voltou a cena,
distribuindo sonhos e trabalhos a quem quiser. Honestamente joga esse jogo que
é a vida, mirando a próxima bola a encaçapar.
Como
uma rosa sem noção dada de coração em vida, aqui deixo meu registro. Grata pela
simpatia Mario.
Texto publicado no Facebook dia 16/03/2014
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