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sábado, 14 de junho de 2014

Sobre as doçuras da vida





Negócio bom esse, as férias. Dando um giro pelo bairro com minha filha, a caminho de um encontro com um amigo pra assinar alguns documentos. Seguia ao destino, me deliciando, devorava um Snickers. De longe já o avistei. Assim que o encontrei, nos cumprimentamos e ofereci um pedaço do doce. Ele fez que não, e não hesitando, e sem força bruta, coloquei o chocolate em sua boca. Pela gentileza de meu ato, ele possuindo dois galhos de uma flor desconhecida para ambos, me deu um. Claro que aceitei o mimo. Afinal, os melhores presentes que recebi ou guardo na lembrança, vieram através de gestos como esse, para alguns considerados pequenos. Nos despedimos e na volta para casa, em passos lentes, aproveitando o sol que banhava meu corpo; horas cheirando, horas girando o galho entre os dedos. Nessa viagem minha, brincando com o presente que acabará de ganhar, não me dei conta que por todos aqueles que passei, transeuntes, motoristas, lojistas, deixei uma lembrança da doçura sensual esquecida. Uma mulher caminhando, sem cara, peito, bunda. Apenas doçura era transmitida, foi o que senti quando a flor caiu e me levantando vi entre os olhares que se dirigiam a mim em deliciosos suspiros.








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