Parte I
Quisera eu ter o poder de te esquecer
Quisera eu o poder de em palavras sujas te
enlouquecer
Quisera eu confabulando com o espelho pedindo apelo,
que seu semblante reflita a angustia conhecida
apenas pelo travesseiro.
Quisera!
Quisera!
Quero por um segundo não ter a certeza que me amas
por inteiro
Ou, melhor dizendo
Que outros também não tenham essa certeza, pois
assim diminuiria a confessada tua fraqueza
Quero dizer ao mundo que aquele que se nega a mim,
ainda me faz sorrir
Pois guardo no peito a certeza de vivê-lo.
Parte II - (Loucura)
Queria poder descrever essa sensação estranha em meu
organismo
Sensação que transmuta e implora os gemidos
Dura coisa essa não estar perto e saber que estamos
ligados ao umbigo
Mente maldita! Deixe-me em paz!
Estou surtando e aproveito o ensejo para cumprir
obscuros desejos
Vendo-me no poço, virei o rosto, perdi o equilíbrio
e sorri ao sarcasmo lírico.
Parte III – (Ele)
Queria te dizer que os dias me consumiram.
Enfim, o que era omitido, aos tímpanos foi espalhado
pela fumaça da fogueira com clareza.
Todos ouviram
Pois trago no peito a beleza que me inspira,
E entre quatro paredes, me deito com a menina
Que me sorrindo traz no olhar refletido o endosso de
minha covardia, denominada fraqueza.
Já que não eu, que assim seja.
*de algum momento de 2012
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