Partirei do
início. Particularmente, já não havia uma legião de questionamentos.
Ao menos em nós não.
Estávamos diante dois anjos,
de instintos alterados ao que o acaso exaustivamente vinha dando “banana!” à
exacerbada gana. Pois é, chegara aquele momento, onde a grandeza da
existência, que camuflada em frivolidade, nos traz um antidoto [
] e transfigura em flor.
Se temporário à nossos males?
Não importava. Em trégua, aceitamos em estado hilariante, clamando
sob ecos Cazuza versos embriagados; “mais uma dose, é claro que eu estou
a fim” mais e mais (…).
Aliviada, suspirei. Descruzei
os braços, sinalizando o ato propício a um desarme. Nesse instante
“entreguei o alvo e a artilharia”. Não que estar só, revirar na cama,
fazer o que se quer (sozinha) enfado causasse. De modo algum, ao
menos pra mim. Mas ele chegou, “tive medo… não sou perfeita … eu não
esqueço”.
Das coisas de criança, o
homem adulto, traz uma lembrança – brincar – e brincar é bom com
quem se quer beijar.
Chega uma hora que cansados
ficamos de tanto eu. Ao molde papel parede, blasé, fazemos caras e bocas
parecendo indiferentes a coisa toda, mas só parecemos.
Dai o crash (!). Algo
em nós sai do estado habitual. Inflama a esperança. E nessa
conturbada correria nossa de cada dia, notamos a diferença no quadro de metas
que só estressa. Somos tomados pelo novo. Onde não há esforço. Ser
simplesmente eu e ele(a), sem perder a essência do “eu” em detrimento ao
outro. E o “nós” toma forma de conjugação perfeita.
Dai, a pessoa chega e
fica difícil dizer não.
– Você vai ficar?
Inquirimos somente para que conste nos autos.
– Tá! Fica ai.
Sorrimos de bobeira.
– Você vai ficar?
Inquirimos somente para que conste nos autos.
– Tá! Fica ai.
Sorrimos de bobeira.
Ser fisgados, urge a ânsia,
pois necessitamos. Sei lá! Se amor esta quando damos de cara
com aquela companhia que nos acalma – o cúpido me
flechou.
“Quem um dia
irá dizer que existe razão,
nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão?
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