Estive por uns dias ausente. Notório foi o fato.
Privação, a vida me pediu. Um tempo como numa causa voluntária, inconsciente,
precisava me doar. Dei, e obediente, não
questionei. Tenho o maior prazer em estar comigo, mas abrindo mão de uma
rotina, tive a feliz surpresa de
descobrir de como ainda era minha amiga. O melhor reencontro de toda uma
existência pensava eu que seria rever aquele cara, mas não, estava a minha
frente quando me virei em direção ao espelho.
Surpresa (risos). Sou questionadora, isso desde criança. Uma natureza
inquieta, reversa ao conformismo submisso ao status quo. Minha melhor oponente não esta mais aqui,
minha mãe. Nossa, como batíamos boca.
Hoje sei que era igualdade, ela também tinha uma natureza que não enxergava
fronteiras, uma batalhadora, anarco-guerrilheira. Me deixou o melhor dos dons
como exemplo, a honestidade. Para muitos uma tolice correr esse risco, talvez
minha terra esteja em outro espaço dimensional, mas até lá ponho em desacordo o
capacho que em uivos de prazer baba em
aprisionar. A vida e seus princípios. O dia de amanhã? Não sei. Se serei uma carrasca devoradora? Pode ser. A
natureza humana é um labirinto. Contemplo o hoje, a alegria me toma. Com a sacola de feira
repleta do que não entendo, sigo regendo o papel de uma consciência apartando o
dolo dos desvarios inconsequentes. Bem verdade que já fiz algumas pessoas
chorar, até mandei se danar, isso foi na hora,
lamento. Não fazia parte do meu script.
Até que ponto se submeter a escoria me tornará mais influente and rich?
O verme rastejante abate o frágil ser posto em fóbicos enganos. O passo surreal
na vivência diária, à cara mal trajada de predadores da cobiçosa bolsa na
vitrine. Coisas da vida. Das certezas que tenho, o homem transborda em
esplendor na reprimida escolha subversiva.
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